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EaD - Ensino à Distância


Governo quer triplicar matrículas em programa de ensino a distância até 2014

Atender 600 mil alunos em cursos de graduação e especialização a distância até 2014 é a meta do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB). Criado em 2005 para impulsionar o número de estudantes matriculados no ensino superior, o projeto de educação a distância mantido pelo governo federal ainda está longe da meta. Desde 2007, quando as primeiras turmas começaram de fato suas aulas, 35 mil se formaram e há 220 mil alunos matriculados.

Na opinião do professor João Carlos Teatini, que é diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), o País demorou a investir na modalidade. “A educação na modalidade a distância poderia estar consolidada no Brasil não fosse o apoio tardio, ou mesmo a negligência, em termos de política pública federal de anos. Atrasamos quase 40 anos para começar”, afirma.

Teatini refere-se a um projeto de 1972, que ficou engavetado no Congresso Nacional, para criar algo como a UAB. Ele reconhece que muitas experiências de investimento na modalidade foram feitas ao longo dos anos. Mas, para ele, faltaram políticas públicas para estimular a educação a distância. “Precisamos ampliar a oferta de vagas públicas. Em país continental como o Brasil, a oferta a distância não é só uma solução. É indispensável”, pondera.
Apesar de os números estarem distantes da meta estabelecida para o final do governo da presidenta Dilma Rousseff, ele não acredita que triplicar o número de matrículas atuais seja um desejo ousado. As metas, inclusive, foram determinadas em fevereiro deste ano. Teatini aposta nas crescentes parcerias com instituições estaduais de ensino – que chegam mais ao interior do País – e novos projetos desenhados dentro do programa para chegar lá.

Até julho deste ano, 101 instituições públicas faziam parte do sistema, que oferece cursos de graduação, especialização, tecnólogos e extensão em todos os Estados brasileiros. Ao todo, 638 polos de apoio presencial – onde os alunos realizam atividades práticas, têm encontros regulares com os professores e tutores e possuem biblioteca e computadores à disposição – estão em funcionamento. Em agosto, mais duas universidades entraram no sistema.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) são as novas parceiras do projeto. Ainda não estão definidos todos os detalhes da oferta de curso, mas, para Teatini, as primeiras propostas serão apenas o início de projetos em várias áreas. “A Unicamp, por exemplo, se interessou pelo Programa de Mestrado Profissional em Matemática (Profmat) da UAB inicialmente. Mas nada impede que ela ofereça graduação amanhã”, explica. Há 2,8 mil alunos sendo beneficiados pelo programa.
Além do Profmat, ele aposta em projetos específicos assim para aumentar a quantidade de estudantes matriculados. As sociedades de estudos de Física e Química também estão elaborando propostas de cursos de especialização a distância, que poderiam ser oferecidos pelas instituições que fazem parte da UAB. “Estamos elaborando novos programas, como um curso nacional de graduação em Biblioteconomia. A meta vai ser cumprida”, garante. A capilaridade das instituições estaduais, para ele, também será essencial nesse processo.
A Capes é o órgão responsável por cuidar das parcerias e organização da UAB desde 2009. Para o Ministério da Educação, a história de sucesso no reconhecimento da pós-graduação brasileira, que é de responsabilidade da Capes, consolidaria mais rápido a qualidade dos cursos oferecidos pelo programa... (adaptado)


PRISCILLA BORGES
 - IG ÚLTIMO SEGUNDO - 15/09/2012 - SÃO PAULO, SP

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