O reitor da UFSM, Felipe Müller, fez questão de elogiar a sua Comissão Permanente do Vestibular (Coperves) – assim como os fiscais, assessores e coordenadores do Peies/UFSM/2010 – que, segundo ele, tornou os concursos de ingresso na UFSM - “um exemplo em nível nacional”, fazendo ainda uma referência indireta aos problemas recentes ocorridos com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
-“Nós temos certeza de que, se outros processos seletivos tivessem o exemplo da nossa Coperves, teríamos muito menos problemas em nível nacional nos processos de aplicação de exame.”
Müller também elogiou o Ministério da Educação pela troca de comando na sua Secretaria de Educação Superior (Sesu) e no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Dois reitores de universidades federais foram nomeados nesta semana para assumir o comando destes órgãos. O Inep será dirigido por Malvina Tânia Tuttman, reitora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). O novo titular da Sesu é Luiz Claudio Costa, reitor da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
“Entendemos que essa mudança que houve no Inep e na Sesu, em que dois reitores de universidades federais assumiram esses cargos, com certeza vai fazer com que as instituições federais assumam de forma mais efetiva a aplicação e elaboração do Enem.”
Voltando ao Peies, o reitor lamentou as 119 vagas que ficaram ociosas nesta edição do programa, por falta de candidatos. Para evitar que isso aconteça, entre outros motivos, é que foram unificadas as modalidades única e seriada para ingresso na UFSM. Esta unificação estreou no vestibular deste ano, que ocorreu de 5 a 7 de janeiro.
“Isso significa que um processo em separado, com só 20% das vagas, está se tornando ineficiente. Então nós precisamos efetivamente dessa racionalização. E com certeza isso vai trazer mais oportunidades para que as pessoas venham a ingressar na nossa instituição.”
A possibilidade de que todos os candidatos possam concorrer a uma vaga na UFSM pela modalidade seriada, sem necessariamente estar cursando o ensino médio, foi a principal justificativa apresentada pelo reitor para a unificação dos processos. Ele também rebateu os opositores deste novo modelo, a maioria dos quais reclama de possíveis perdas para a economia de Santa Maria durante os dias do vestibular.
“Apesar de algumas reclamações e críticas que nós recebemos, principalmente da área de turismo e lazer da cidade, nós sempre lembramos que a expansão da universidade gera quase uma triplicação do orçamento da instituição. Se olharmos isso só em números de salários, nós estamos colocando na economia da cidade e da região em torno de R$ 15 milhões por mês.”
Müller ainda lançou um desfio aos críticos do novo vestibular:
“Nós temos de olhar de forma muito tranquila a redução de algumas vagas de hotéis, pois com certeza elas aumentaram demais no decorrer do ano. Eu gostaria de fazer um desafio a todos os hotéis: que eles me apresentem as taxas de ocupação de antes do crescimento da universidade e de agora; mas não só no período de vestibular. Eu gostaria de ver a taxa de ocupação dos hotéis durante todo o ano.”
Fonte: site coperves/UFSM.
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