Podemos entender a Oposição como o processo lógico pelo qual se deduz imediatamente da verdade ou falsidade de uma proposição, a verdade ou falsidade de outra proposição oposta.
Duas proposições são opostas, quando, tendo o mesmo sujeito e o mesmo predicado, variam, entretanto, em quantidade, em qualidade, ou ambas - a saber:
A – Todos os leões são carnívoros.
E – Todos os leões não são carnívoros.
I - Alguns leões são carnívoros.
O - Alguns leões não são carnívoros.
Comparadas duas a duas estas proposições, verifica-se:
- quando comparadas as proposições variam em quantidade, conservando a mesma qualidade, como aconteceria se comparássemos as proposições A e I, ou E e O, chamam-se subalternas;
- quando variam só em qualidade conservando a mesma quantidade, como no caso da comparação A e E, ou I e O, chamam-se contrárias (se ambas universais), e sub-contrárias (se são particulares); e,
- quando variam tanto em quantidade como em qualidade, tais como A e O, ou E e I, dizem-se contraditórias.
Então, a oposição se dá de quatro modos:
1 - subalternação
2 - contrariedade
3 - Sub-contrariedade
4 – contraditoriedade.
Vejamos as regras da oposição:
1. SUBALTERNAS:
- Da verdade da Proposição Universal, segue-se a Verdade da Particular, mas não vice- versa. Exemplo: Da verdade da proposição A – “Todos os homens são mortais”. , segue-se a verdade da subalterna I – “Alguns homens são mortais”.; entretanto, da verdade da Particular O – “Alguns Homens não são justos”. Não se segue a verdade da subalterna E – “Nenhum homem é justo”.
- da falsidade particular, segue-se da falsidade da universal, mas não vice-versa. Exemplo: falsa a proposição I – “Alguns morcegos são pássaros”, segue-se a falsidade da proposição A- “Todos os morcegos são pássaros”; falsa, porém a universal - “Todos os homens são sábios”, não necessariamente será falsa a subalterna particular – “Algum homem é sábio”.
2. CONTRÁRIAS
- da verdade de uma, segue-se necessariamente a falsidade da outra; ambas não podem ser verdadeiras.
Exemplo: Da verdade da proposição A – “Deus é bom, segue-se necessariamente a falsidade da contrária E – “Deus não é bom”.
- da falsidade de uma não se pode concluir a verdade da outra; ambas podem ser falsas.
Exemplo: A - “ Todo o homem é honesto” e E – “Nenhum homem é honesto”. Ambas falsas.
3. SUB-CONTRÁRIAS
- da falsidade de uma, segue-se a verdade de outra; ambas podem ser falsas.
Exemplo: da falsidade da sub-contrária I – “Algum homem é infalível”, segue-se a verdade da sub-contrária O – “Algum homem não é infalível”.
- da verdade de uma não se pode concluir a falsidade da outra; ambas podem ser verdadeiras.
Exemplo: “Alguns homens são cristãos” – I e “Alguns homens não são cristãos” – O. Ambas verdadeiras.
4. CONTRADITÓRIAS
- da verdade de uma das contraditórias, segue-se necessariamente a falsidade da outra; ambas não podem ser verdadeiras.
Exemplo: verdadeira a proposição A – “Os esquilos são roedores”, é necessariamente falsa a sua contraditória O – “Alguns não são roedores”
- da falsidade de uma das contraditórias, segue-se a verdade da outra; ambas não podem ser falsas.
Exemplo: Falsa a Universal E – “Nenhum livro é mau”, sua contraditória I – “Algum livro é mau” é verdadeira. É impossível conceber a falsidade de ambas.
(Fonte: Lógica, Derly de Azevedo Chaves).
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